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A dor acompanha o homem desde suas origens. Um problema mundial

que exige intervenção multidisciplinar integrada e atualizada. Na pré-história

era vista como sendo causada por espíritos malignos, uma punição dos

deuses e demonios e o tratamento era feito por feiticeiros e curandeiros,

que exorcizavam o doente com uso de ervas, banhos, bandagens, pedras e magias.

Na China, onde a medicina e acupuntura floresceram desde muito cedo, a dor

era tratada com acupuntura, moxabustão, exercícios físicos e mudanças alimentares.

Foi no Egito que surgiram os primeiros analgésicos derivados de plantas e utilizados

para a redução de dor. Posteriormente difundidos pelos gregos que foram notórios também no uso de recursos como banhos frios e quentes para alívio de dores no corpo. 

Durante a Idade Média a dor foi negligenciada por ser atribuída a punição divina e somente voltou a ser objeto de estudo no Renascimento e no século XX, quando começou a ser analisada sob o conceito interdisciplinar.

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) a dor é definida como “uma experiência sensorial desagradável associada a lesões reais ou potenciais ou descrita em termos de tais lesões.”

Apesar da dor ser sempre subjetiva, quando analisada o profissional deve atentar tanto aos aspectos físicos como aos aspectos psicológicos do paciente. Ela é um sinal de alarme que informa ao indivíduo que é necessário buscar ajuda para tratar algum problema específico. Quanto ao tempo de duração em que ela se instala no paciente permite classifica-la em dois principais tipos de dor: dor aguda e dor crônica.

 

1. Dor Aguda – é aquela que dura um curto espaço de tempo. De início recente (dias ou poucos meses), geralmente relacionada à inflamação (traumatismos ou cirurgias) cessa com a cicatrização dos tecidos. Ela é o sintoma da doença, o que significa que, ao ser identificada e removida, cessará a dor.

 

2. Dor Crônica – estima-se que 30 a 40% da população sofra de dor crônica. Ela é um processo que persiste por meses – geralmente três meses sob o ponto de vista clínico e seis meses sob o ponto de vista de pesquisa clínica (Merskey e Bogduk, 1994). A dor crônica nem sempre indica doenças ou sinais visíveis que a justifiquem; os pacientes podem ter histórico de inúmeros tratamentos, além de apresentarem morbidades associadas como depressão, ansiedade e alterações do sono. Nesses casos, pode ser considerada como uma Doença em si. Não é necessário que se sinta ela todos os dias, mas pelo menos uma vez por semana, ou com intervalo de dias, mas num espaço de tempo longo, três a mais meses.

 

A dor pode ainda ser classificada quanto a sua origem sendo nociceptiva, quando o estímulo da dor é causado por um nociceptor, o que falaremos numa próxima aula (ex.: dor em tendões, ossos, pele, mucosa, visceral); neuropática, quando a origem é do tecido nervoso (ex.: síndrome do túnel do carpo, neuralgia do trigêmeo), mista (quando ocorrem juntos os dois componentes anteriores) e psicogênica (não possui causa aparente). 

:: Dor – O que é dor

e sua classificação

Dor – Aula 01

por Diego Carlos Marquete

Recapitulando:

 

O objetivo deste texto é discutir a dor, sua definição e tipos de dor.
1. Definiu-se a dor como sendo subjetiva e sinal de alarme para algum problema maior.
2. Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor, “dor é uma experiência sensorial desagradável associada a leões reais ou potenciais.”
3. Quando ao tipo de dor, classificou-se a dor pelo período que ela se aloja no paciente como dor aguda e dor crônica.
4. A dor aguda se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto de minutos a algumas semanas. Normalmente desaparece quando a causa da dor é corretamente diagnosticada e tratada.
5. A dor crônica é caracterizada por uma presença superior a 3 meses. Pode ser a dor que aparece todos os dias, todas as tardes ou em todas as noites. Quando persistente ela se torna a doença em si.
6. A dor pode ainda ser classificada quanto a sua origem em dor neuropática, nociceptiva, mista e psicogênica.

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