Recapitulando:
O objetivo deste texto é trazer ao aluno o conceito e a avaliação da lombalgia causada pela lordose excessiva.
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Foi estabelecido o conceito de lordose, assim como o de unidade funcional que é dado importante no curso avançado que visa a abordagem em patologias.
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Aprendeu-se sobre a utilização e observação do ângulo lombossacro e que o aumento deste ângulo estressa músculos, unidade funcional, ligamentos, disco intervertebral, facetas gerando dor e podendo causar deficiências e incapacidades na coluna.
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Gestantes são pacientes que normalmente apresentam dor lombar causado pelo aumento do ângulo lombossacro ou também denominado aumento da lordose.
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Trações aliviam a compreensão do disco intervertebral e geram alívio da dor. As mesmas devem ser executadas com mobilização prévia dos tecidos moles. As manipulações podem ser executadas em alguns casos após as mesmas.
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Mudanças ergonômicas e alongamento e reforço muscular devem ser indicados para que o tratamento tenha sucesso.
Nociceptor é o nome dado ao tipo de neurônio responsável pela sensação de dor.
A dor muscular sentida em nosso corpo é essencialmente causada pelo aumento da
atividade destes neurônios. Este aumento de atividade é acompanhado pelo
aumento da liberação de substancias químicas nos músculos como ácido lático
que agrava a sensação dolorosa. Isto ocorre nos músculos que foram usados
demais, de forma errada ou traumatizados.
A má postura pode gerar dor lombar por estressar músculo, ligamentos, articulações em
uma unidade funcional. O termo unidade funcional se refere a dois corpos vertebrais da
coluna separados por um disco.
Quando o homem adotou a posição ereta, ficando em pé, a coluna se adaptou adotando curvaturas e uma destas curvas normais da coluna é denominada lordose, que se refere a curva da região lombar. Porém, o aumento excessivo desta curvatura pode gerar dor na lombar.
A dor lombar causada pela lordose pode ser confirmada pelo simples teste de inclinação da coluna para trás do paciente em posição ereta. A inclinação da coluna para frente gera alívio da dor.
Esta lordose excessiva pode ser verificada através da medida chamada ângulo lombossacro. Alterações deste ângulo, fazem com que a quinta vértebra lombar aumente seu ângulo sobre o sacro o que pode até mesmo causar o fechamento do forame entre L5 e S1 o que comprime o nervo ciático.
O aumento do ângulo lombossacro é gerado pela hiperextensão da coluna que estende também os corpos das unidades funcionais, comprimindo os discos na parte posterior. O disco com o tempo tende a se deformar, os ligamentos longitudinais da coluna que garantem estabilidade a mesma e aos discos sofrem alterações devido o arqueamento persistente. O ligamento longitudinal anterior é usado em alongamento constante e se irrita, enquanto o ligamento posterior se afrouxa permitindo que o disco se abaúle. Estas alterações gerarão dor.
Outra alteração que ocorre é a aproximação das unidades funcionais da coluna, fazendo com que as articulações facetarias suportem muito peso, o que não estão preparadas para fazer, e isto gera a ativação dos nociceptores.
Algumas situações contribuem para o surgimento da lordose excessiva, encontrada normalmente em gestantes, que para suportar o peso do abdômen arqueiam o corpo, jogando o peso para trás. Também pode gerar lordose o uso de saltos altos e a má postura adotada por pessoas que permanecem muito tempo em pé, com a lombar arqueada. Dormir de bruços, ou em cama muito macia ou escavada também contribui para o aumento da lordose e dor lombar, assim como a má postura na posição sentado.
Em pacientes com lordose excessiva a intervenção realizada com a thai yoga massagem visa a mobilização dos tecidos dolorosos, seu alongamento, a inibição de pontos gatilhos que serão descritos na aula cinco (5), trações, o que é um recurso manual muito importante para a unidade funcional e manipulações em alguns casos, além de dicas para mudanças ou adaptações de postura no dia-a-dia e atividades de alongamento e reforço muscular.
:: Dor lombar – A má postura e aumento da lordose como causa da dor lombar
Dor Lombar – Aula 02
por Diego Carlos Marquete